domingo, 6 de novembro de 2022

Pomar de poemas

 


Sonhei com um pomar de poemas

Todo dia brotavam novos versos

Sempre colhia os mais maduros

Eram sobre os temas mais diversos

 

No sonho, o pomar era balsâmico

Uma mistura de flores e frutos

Enfeitava e alimentava a casa

Saciando com belezas e usufrutos

 

Acordei e, logo, olhei no quintal

Lá estava apenas o velho pomar

Mangas, jaboticabas e pitangas

Exalando como um belo manjar

 

Os poemas não estavam por lá

A procura me levou a pensar

Que o pomar muito ajuda a criar

A depender da forma de olhar

 

A poesia não dá como fruta

Nasce e se faz no enlace do amar

Em terra adubada pelo sentir

Brota a vontade de declamar


Autor: Fido do Carmo

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