sábado, 14 de janeiro de 2023

Do esmaecer ao revigorar do amor

 

Do esmaecer ao revigorar do amor
(Ao meu Bem, Cravo e Canela)

Um fluir que entristece. É o esvair da tua presença. Dissipando os teus afetos. Afasta-nos, o medo do sofrimento. A distância ascende tal qual balão em brasido. Ao longe, vejo as velas brancas encobertas por nuvens de lamento. Do bem que pudera ser.


A distância que era longa se encurta tão depressa. Almas que se apaixonaram, amam-se. O afeto nunca esgota com facilidade aonde outrora se fizera fértil. Com os sacos de areias do amor, volta o balão para o chão da existência. As velas ficam tão claras quando refletem a luz do seu sol. Bem retorna o bom amor.



Autor: Fido do Carmo

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Paladar


O pior do pesadelo passou. O inferno provado amargamente acabou, mas o paraíso ainda está distante. A lembrança do amargor se faz presente no paladar ressentido. O hoje ainda está contaminado com o amargor do ontem. As nossas papilas precisam saborear o hoje com boas doses do amanhã. É no devir, bem temperado com sonhos e luta, que ressignificaremos o paladar da existência. O amargor ressentido do passado vai se esvaindo, indo e indo. Qual será o sabor do paraíso?

Autor: Fido do Carmo

Divagar

 

Divago de-va-gar

Vagueio semparar

Sigo a devanear

Va-ga-ro-sa-men-te

 

Pensamento vagabundo

Desprendido, errante

Toma-me o rumo

li-ber-tan-te

 

    Leva-me                                                                             como

                        pluma

Liberta                                a

                              minha

mente                                   do      

                                                                                      rigor

                                                         pe-ri-cli-tan-te


Autor: Fido do Carmo

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

O Sol te chama

 O Sol está te chamando. Venha! Siga àquela Luz e as suas pétalas se abrirão. Mas como são várias camadas de pétalas sobrepostas, das mais diversas cores, cheiros e texturas, elas precisam de muita luz, água limpa e bom adubo. Só assim, sentem-se confortáveis para mostrar toda a sua imponência.


As flores mais raras são, também, as mais difíceis de cuidar. Tais flores não se contentam com a penumbra, menos ainda com qualquer água, solo ou ambiente. Elas necessitam de equilíbrio e condições favoráveis para o seu pleno afloramento.


O tempo está mudando. As condições de nebulosidade estão sendo sopradas para longe. O céu azul e o vento bom já dão sinais de permanência. O firmamento, do oriente ao ocidente, revelam o brilho do Sol que te guiará ao lugar da bonança.


O Sol está te chamando. Venha! O mundo precisa te ver. A paisagem sem as tuas cores perece na incompletude. No horizonte é possível avistar a primavera da vida. E o Sol... ah, o Sol! Ele te aguarda ansioso para te aquecer e ver você desabrochar.

(Para a minha Amada Cravo e Canela) 

Vontade e razão

 Abram as janelas da alma  Destranquem vossos corações  Que o frescor da brisa praiana Tire o peso das más condições Que a beleza suplante a...