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sexta-feira, 31 de março de 2023

Estrela d'alva

Quando você me acalma

Com a sua falta de pressa

Sinto um conforto na alma

Nada mais me interessa


Quando você me apressa

Pra cuidar da minha alma

É amor em via expressa

Farol que brilha, Estrela d'alva


Autor: Fido do Carmo 



segunda-feira, 27 de março de 2023

Coração cheio

 Coração cheio

(Para a minha Flor, Cravo e Canela)


Meu coração está cheio

Transbordando de emoção

Com afinco eu semeio

Gérmen da transformação


O amor supera tudo

Traz candor e mansidão 

Limpa a alma e sobretudo

Faz da vida exclamação


Ficaria o tempo inteiro

Com esta nobre sensação 

Hoje as flores do canteiro 

Desabrocham em gratidão


Nestes versos verdadeiros

Eu declaro a minha paixão

Me despeço, mas primeiro

Entrego a ti o meu coração 


Autor: Fido do Carmo 

sábado, 11 de março de 2023

Desejo

Teu calor me faz tanta falta

Em pleno sol de fevereiro

Quero entrar na tua chama

Desejo ardente o ano inteiro 


Teu ósculo me guia ao teu âmago

Teus lábios me abraçam com vontade

Minha boca quer beber da tua flor

Me curvo em frente da tua majestade


O meu fruto pulsa forte em brasido

Por tuas pétalas, o desejo é ardente

Na grama do teu jardim lateja o meu fruto

O deleite jorra em abundância candente

Autor: Fido do Carmo 


Viveiro de liberdade

Viveiro de liberdade 


Só quero ser eternamente responsável por aquilo que cativo se, e somente se, cativar significar o sentimento de encanto e fascínio. Só assim, sem fazer, no amor, reféns em cativeiro, há de brotar e florescer a liberdade como em um fértil viveiro.

Autor: Fido do Carmo

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Confiança

Confiança 

(Ao meu Bem, Cravo e Canela)


Tu és força eterna

Teu ser arde em brio

Beleza pura e terna

Fulgor elevado a mil


Tu és lua cheia de luz

Brilho que ofusca o mal

Clarão que ilumina e conduz

Para além do sentido carnal


Voltarás ao meu colo um dia?

Meu coração contrito espera

Sofrendo de tanta agonia


Acreditarás na minha honraria?

Sou leal e a verdade revela

Que a confiança nos curaria

Autor: Fido do Carmo 


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Soneto da vitória

 Soneto da vitória

(Ao meu Amor, Cravo e Canela)

Hoje, eu sou apenas amor

Desvio da trilha da dor

E sigo sem nenhum pudor

Rumo ao lugar do esplendor


Venha comigo, meu Amor

Te guio com todo ardor

No encalço norteador

Da alegria seremos pendor


Ao aportar no rochedo

Nossos pés firmes serão

E pra trás ficará todo medo


Este é o nosso enredo

Confie em mim com decisão

Temos tempo!  Tempo certo!

Autor: Fido do Carmo 

sábado, 14 de janeiro de 2023

Do esmaecer ao revigorar do amor

 

Do esmaecer ao revigorar do amor
(Ao meu Bem, Cravo e Canela)

Um fluir que entristece. É o esvair da tua presença. Dissipando os teus afetos. Afasta-nos, o medo do sofrimento. A distância ascende tal qual balão em brasido. Ao longe, vejo as velas brancas encobertas por nuvens de lamento. Do bem que pudera ser.


A distância que era longa se encurta tão depressa. Almas que se apaixonaram, amam-se. O afeto nunca esgota com facilidade aonde outrora se fizera fértil. Com os sacos de areias do amor, volta o balão para o chão da existência. As velas ficam tão claras quando refletem a luz do seu sol. Bem retorna o bom amor.



Autor: Fido do Carmo

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

O Sol te chama

 O Sol está te chamando. Venha! Siga àquela Luz e as suas pétalas se abrirão. Mas como são várias camadas de pétalas sobrepostas, das mais diversas cores, cheiros e texturas, elas precisam de muita luz, água limpa e bom adubo. Só assim, sentem-se confortáveis para mostrar toda a sua imponência.


As flores mais raras são, também, as mais difíceis de cuidar. Tais flores não se contentam com a penumbra, menos ainda com qualquer água, solo ou ambiente. Elas necessitam de equilíbrio e condições favoráveis para o seu pleno afloramento.


O tempo está mudando. As condições de nebulosidade estão sendo sopradas para longe. O céu azul e o vento bom já dão sinais de permanência. O firmamento, do oriente ao ocidente, revelam o brilho do Sol que te guiará ao lugar da bonança.


O Sol está te chamando. Venha! O mundo precisa te ver. A paisagem sem as tuas cores perece na incompletude. No horizonte é possível avistar a primavera da vida. E o Sol... ah, o Sol! Ele te aguarda ansioso para te aquecer e ver você desabrochar.

(Para a minha Amada Cravo e Canela) 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Passarinho

 

Passarinho

Queria ser um passarinho

Pra ser empurrado do ninho

E incentivado a sozinho voar

 

Queria ser um joão-de-barro

Pra me ocupar com um belo trabalho

Que eu próprio iria aproveitar

 

Queria ser um beija-flor

Pra viver pairando sob o sabor

E do néctar doce me deleitar

Autor: Fido do Carmo

domingo, 6 de novembro de 2022

Pomar de poemas

 


Sonhei com um pomar de poemas

Todo dia brotavam novos versos

Sempre colhia os mais maduros

Eram sobre os temas mais diversos

 

No sonho, o pomar era balsâmico

Uma mistura de flores e frutos

Enfeitava e alimentava a casa

Saciando com belezas e usufrutos

 

Acordei e, logo, olhei no quintal

Lá estava apenas o velho pomar

Mangas, jaboticabas e pitangas

Exalando como um belo manjar

 

Os poemas não estavam por lá

A procura me levou a pensar

Que o pomar muito ajuda a criar

A depender da forma de olhar

 

A poesia não dá como fruta

Nasce e se faz no enlace do amar

Em terra adubada pelo sentir

Brota a vontade de declamar


Autor: Fido do Carmo

sábado, 5 de novembro de 2022

Sai do sereno, Serena

 

Sai do sereno, Serena

Disse a dona bonita

Seduzida pela rua

A gata no sereno fica

 

Desce do muro, Serena

Disse à gata zureta

Preocupada com a gata

A tutora faz careta

 

Entra pra casa, Serena

Insiste a tutora bendita

A gata hipnotizada

Só vê o que lhe cobiça

 

Venha comer, Serena

Abre o patê pra gatita

Sai do sereno correndo

E avança sobre a comida


Autor: Fido do Carmo

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Febre do saber

 O que eu sei é tão pouco

O que não sei, quase tudo

Esse todo aumenta muito

A cada átimo de segundo

Eu busco, ando e luto

Mesmo se corresse sozinho

Ainda seria pouco... louco

Se a febre do saber me toma

Na alteridade eu mergulho

Arrefece o calor interno

Pois tudo que não sei

Certamente está no outro

Autor: Fido do Carmo

terça-feira, 1 de novembro de 2022

Asas da paz

 

Asas da paz

 

Asas de conforto, envolvam-me!

Penas brancas de suave toque

Aqueçam-me no teu colo brando

E embalem o meu sereno sono


Autor: Fido do Carmo

sábado, 29 de outubro de 2022

Foice do tempo

 

O ontem, foice afiada do tempo

Que cortou aquele possível momento

E ceifou a lembrança do que não se viveu


Autor: Fido do Carmo

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Saudade

 

Sau

da

de

Palavra-igreja

Que congrega a falta

Do bem que se foi

Que reza a lembrança

Do gozo de outrora



Autor: Fido do Carmo

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Quintal da bicharada

Quintal da bicharada


Uma gatinha malhada

Pulou no meu quintal

Subiu no pé de manga

No encalço do pardal


A gatinha acinzentada

Residente do local

Animou-se e se pôs

A subir de modo igual


Um cãozinho peludinho

Dono da jurisdição

Revoltou-se com o agito

Começando a confusão 


O alvoroço inusitado

Despertou a atenção

E o pardal ergueu voo

Fugindo salvo e são


Lá do alto, o passarinho

Sentindo a tranquilidade 

Cantou forte o deboche

E voou em liberdade


Autor: Fido do Carmo

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Vilarejo

Vilarejo


Sinto-me preso no sopé de uma montanha

No vale, a força catabática frustra a subida

Mas crio asas e plaino nesta forte ventania

Esperançando, luto pelo enleio da partida

 

Escudo-me no colo da elevada cordilheira

Como águia, fito o topo e empenho-me no desejo

De alcançar as alturas da visão emancipada

No horizonte, o vento bom daquele vilarejo

 

Projeto-me aos solos de uma nova geografia

Onde as asas são livres do tempo-dinheiro

E a existência é enfrentada com dignidade

Sem grilhões, as plantas dos pés geram viveiros

 

Autor: Fido do Carmo

sábado, 15 de outubro de 2022

Há de surgir

 

Há de surgir

 

Há de surgir um abrigo seguro

Cercado de fossos profundos

Com adarves em altos muros

Tão forte que impede o abuso

Do intruso poder iracundo

Que cega e faz tudo imundo

 

Há de surgir um sorriso largo

Faceiro como enredo criado

Com a trilha dos Novos Baianos

No embalo de braços amados

Com ébrios afetos forjados

No brasido dos enamorados


Autor: Fido do Carmo

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Alvorada desejosa

 

Alvorada desejosa

Noites frias esquentadas pelas pernas quentes

Pelo afago do colo fragrante e candente

Que me levanta em plena alvorada fria

Aquecido pelo desejo de desfrutar da tua chama

O fim do inverno se anuncia

Ah, primavera!

Já é sentida no calor das tuas belas pernas


Autor: Fido do Carmo

(feito no fim do inverno de 2022)

12 versos de saudades

 

12 versos de saudades

Saudades dos tempos do dia inteiro na rua

De passar as manhãs jogando bola de gude

Dos manjares grátis dos pomares da estação

Da corrida pelas trilhas para o banho no açude

Do antes, do durante e do depois do futebol

De contar e se orgulhar das pilhérias épicas

De ficar o dia inteiro descalço sob a luz do Sol

Da época de soltar pipas e papagaios no céu

Da energia de viver correndo sem se cansar

Das feridas das quedas ser tratadas como troféu

De cada melhor amigo de toda cidade deixada

Lembranças da infância que aquecem a alma


Autor: Fido do Carmo

Vontade e razão

 Abram as janelas da alma  Destranquem vossos corações  Que o frescor da brisa praiana Tire o peso das más condições Que a beleza suplante a...