Mostrando postagens com marcador interioridade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador interioridade. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Podas necessárias

Existem podas necessárias para crescermos. Sem elas, toda nossa energia fica direcionada àquilo que é impeditivo ao nosso florescimento. Outras podas, porém, impedem o nosso crescimento, tal qual um bonsai. Que possamos ter clareza de quais podas são indispensáveis para o nosso florescer na primavera da vida.

domingo, 27 de agosto de 2023

Íris

 Íris 

Olho nos teus olhos em chama
A tua profundidade me toma
Rejevo aquele sorriso de outrora
O meu reflexo, nas tuas íris, evapora

Teus olhos submergem o ego
Do narciso em busca de reflexo
Vejo você, ser tão complexo
Navego na alteridade, mar-outro

Autor: Fido do Carmo.

segunda-feira, 10 de abril de 2023

Canto à paz

 

Canto à paz

Minh’alma anseia a tua presença

Faz do meu interior a tua morada

Dispenso aquela imatura pretensa

De ser tudo que o outro esperava

 

Oh, paz! Embala-me nas tuas asas

Se deixares, faço de ti minha casa

 

Trazes leveza como recompensa

Da mudança, com o tempo, que satisfaça

Para enfrentar os limites da existência

E ter a alma liberta para a vida alçada

 

Oh, paz! Embala-me nas tuas asas

Se deixares, faço de ti minha casa


Autor: Fido do Carmo

domingo, 9 de abril de 2023

Carcereiro dos lábios

Carcereiro dos lábios 

Em nenhum lugar acharás regozijo
Se não olhares bem dentro de ti
É no interior que reside o motivo
Carcereiro dos lábios que detém o sorrir

Autor: Fido do Carmo 

sexta-feira, 31 de março de 2023

Estrela d'alva

Quando você me acalma

Com a sua falta de pressa

Sinto um conforto na alma

Nada mais me interessa


Quando você me apressa

Pra cuidar da minha alma

É amor em via expressa

Farol que brilha, Estrela d'alva


Autor: Fido do Carmo 



sexta-feira, 24 de março de 2023

Água na peneira

Prefiro carregar água na peneira

Do que aceitar aquele vasilhame 

No qual transborda, sobremaneira

Todo aquele maldito ditame


O despropósito melhor me serve

Do que o sádico e velho tatame

Onde o grilhão pesado consegue

Sufocar o bem e deixar tudo infame


Autor: Fido do Carmo





sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Paladar


O pior do pesadelo passou. O inferno provado amargamente acabou, mas o paraíso ainda está distante. A lembrança do amargor se faz presente no paladar ressentido. O hoje ainda está contaminado com o amargor do ontem. As nossas papilas precisam saborear o hoje com boas doses do amanhã. É no devir, bem temperado com sonhos e luta, que ressignificaremos o paladar da existência. O amargor ressentido do passado vai se esvaindo, indo e indo. Qual será o sabor do paraíso?

Autor: Fido do Carmo

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

A mente

 

A mente

Às vezes

Temente

Esconde

Da gente

Memórias

Pendentes

 

Entrementes

Hiatos

Silentes

Calados

Correntes

Castigo

Doente


Autor: Fido do Carmo

Tempestade

Ah! A tempestade quando chega

Molha e desfaz aquela quase certeza

Carrega tudo que, frouxo, vagueia

No chão da existência, arrasta a correnteza


Autor: Fido do Carmo

 

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Noites claras

 

Há dias em que a noite me apetece

O seu silêncio ruidoso de mistérios

E o céu em breu polvilhado de brilho

Guiam-me pra além do planisfério

 

Nesses dias tudo fica lúcido

As certezas atravessam o lamento

Revestindo-se de siso e firmeza

Levam-me ao bom discernimento

 

Até as incertezas mais perenes

Dão trégua por um breve instante

Tudo parece tão clarividente

Calculadamente equidistante

 

As luzes em meio à escuridão

São o rumo que eu tanto preciso

Pra clarear a neblina de angústias

E transbordar o melhor do meu riso


Autor: Fido do Carmo

domingo, 13 de novembro de 2022

Vento bom

 

Soprou um certo vento bom

Refrescante tal hortelã

Com força pra levar o mal

Pairado sobre o meu clã

 

Brisa que areja a paz

Faz o trabalho de artesã

Com esmero e fineza

Modela a minha mente sã

 

Como Éolo vou fazer

Guardar a brisa pra amanhã

E se aquele mal brotar

Farei do vento o meu divã


Autor: Fido do Carmo

terça-feira, 1 de novembro de 2022

Asas da paz

 

Asas da paz

 

Asas de conforto, envolvam-me!

Penas brancas de suave toque

Aqueçam-me no teu colo brando

E embalem o meu sereno sono


Autor: Fido do Carmo

sábado, 29 de outubro de 2022

Foice do tempo

 

O ontem, foice afiada do tempo

Que cortou aquele possível momento

E ceifou a lembrança do que não se viveu


Autor: Fido do Carmo

Onírico

 

Onírico

Minhas noites parecem jogos

Conduzidos pelo subconsciente

Com charadas embaralhadas

Que ficam dias na minha mente

 

Alguns deles desaparecem

Tão logo eu me desperte

Até tento voltar ao sonho

Mas o espírito segue inerte

 

Oh! Morfeu, deus dos sonhos

Mande-me formas inteligíveis

Que revelem o caminho

Desses enigmas inacessíveis

 

Os cenários arquitetados

Dos meus sonhos mais bizarros

Poderiam gerar belezas

Tal Dalí, Frida e Picasso

 

Mas tudo é tão insólito

Desmorona e me aflige

Nem Freud tá dando conta

Dos enigmas da Esfinge

 

Oh! Morfeu, deus dos sonhos

Mande-me formas inteligíveis

Que revelem o caminho

Desses enigmas inacessíveis


Autor: Fido do Carmo

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Devir

 

Devir


Daqui pra frente

Só quero vida, amor e revolução

E que as dores do passado

Fiquem como um denso manto

De cicatrizes marcadas e mortas

 

Daqui pra frente

Que venham as dores novas

Pois tenho o coração preparado

Com um escudo duro, casca grossa

Formado com cicatrizes sobrepostas

 

Daqui pra frente

O passado calará o grito, silenciará

O medo será atropelado pelo tanque

Da vontade de viver tudo o que é ser

Porque o devir é o meu grande trunfo


Autor: Fido do Carmo

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Saudade

 

Sau

da

de

Palavra-igreja

Que congrega a falta

Do bem que se foi

Que reza a lembrança

Do gozo de outrora



Autor: Fido do Carmo

sábado, 22 de outubro de 2022

A morte do sim

 

A morte do sim

 

Há de florescer o melhor de mim

Nem que para tal eu decrete o fim

Da minha porção que sempre diz sim

 

Às vezes o não, parece ruim

Mas ele é vital, é bem, outrossim

Vou tirar as ervas daninhas do sim

 

Quais flores nascerão no meu jardim?

Será que o meu melhor cheira a jasmim?

A morte é a vida da cor carmim


Autor: Fido do Carmo

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Chuva de primavera

 Chuva de primavera


Oh! Chuva de primavera

Umedece a minha terra 

Que a seca prisão do outrora

Inunde com as águas do agora


Autor: Fido do Carmo


terça-feira, 18 de outubro de 2022

Horas duras

 

Tempo. Temporal de horas duras.

Chove forte e eu sem guarda-chuva.

 

Dura. Dureza tempestiva e crua.

No solo teso, evapora a ternura.


Autor: Fido do Carmo

Vontade e razão

 Abram as janelas da alma  Destranquem vossos corações  Que o frescor da brisa praiana Tire o peso das más condições Que a beleza suplante a...