Vilarejo
Sinto-me preso no sopé de uma montanha
No vale, a força catabática frustra a subida
Mas crio asas e plaino nesta forte ventania
Esperançando, luto pelo enleio da partida
Escudo-me no colo da elevada cordilheira
Como águia, fito o topo e empenho-me no desejo
De alcançar as alturas da visão emancipada
No horizonte, o vento bom daquele vilarejo
Projeto-me aos solos de uma nova geografia
Onde as asas são livres do tempo-dinheiro
E a existência é enfrentada com dignidade
Sem grilhões, as plantas dos pés geram viveiros
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