terça-feira, 18 de outubro de 2022

Vilarejo

Vilarejo


Sinto-me preso no sopé de uma montanha

No vale, a força catabática frustra a subida

Mas crio asas e plaino nesta forte ventania

Esperançando, luto pelo enleio da partida

 

Escudo-me no colo da elevada cordilheira

Como águia, fito o topo e empenho-me no desejo

De alcançar as alturas da visão emancipada

No horizonte, o vento bom daquele vilarejo

 

Projeto-me aos solos de uma nova geografia

Onde as asas são livres do tempo-dinheiro

E a existência é enfrentada com dignidade

Sem grilhões, as plantas dos pés geram viveiros

 

Autor: Fido do Carmo

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