Há dias em que a noite me
apetece
O seu silêncio ruidoso de
mistérios
E o céu em breu polvilhado
de brilho
Guiam-me pra além do planisfério
Nesses dias tudo fica lúcido
As certezas atravessam o
lamento
Revestindo-se de siso e firmeza
Levam-me ao bom discernimento
Até as incertezas mais perenes
Dão trégua por um breve instante
Tudo parece tão clarividente
Calculadamente
equidistante
As luzes em meio à
escuridão
São o rumo que eu tanto
preciso
Pra clarear a neblina de
angústias
E transbordar o melhor do meu riso
Autor: Fido do Carmo